quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Atuação do Farmacêutico na Toxicologia

Esse video mostra a entrevista de Fabriciano Ribeiro, mestre em toxicologia, que explica sobre as áreas de atuação do farmacêutico na toxicologia, assim como a importância da participação do profissional farmacêutico em toxicologia.

http://pfarma.com.br/videos-farmaceuticos/viewvideo/397/carreira/atuacao-do-farmaceutico-na-toxicologia.html

Qual é a Importância da Analise Toxicológica para o farmacêutico?

Tão grande é a importância da toxicologia em nossos dias que podemos dizer que a ciência dos venenos interessa hoje aos mais diferentes ramos das atividades humanas.

TOXICOLOGIA pode ser definida como um ramo da ciência que estuda as substâncias nocivas à saúde, suas ações, seus sintomas, seus efeitos e seus contravenenos (antagonistas e antídotos). 
É uma ciência que estudando veículos de morte, tornou-se ciência de vida. Vidas salvas pela presteza e rapidez de exames laboratoriais. Está intimamente ligada com a química, fisiologia, física, farmacologia, etc. , possuindo o caráter analítico e o clínico.


Porém, o que de tão importante há na toxicologia?
Toxicologia se trata da ciência que define os limites de segurança dos agentes químicos, entendendo-se como segurança a probabilidade de uma substância não produzir danos em condições especificas.
Portanto, aí encontramos a relevância: o que de tão importante há nesta segurança?
Podemos ver que o profissional farmacêutico, como todo profissional da saúde, tem como objetivo a saúde e a toxicologia se encontra presente para que esta permaneça sempre em alta. A presença da toxicologia permitirá ao profissional farmacêutico as seguintes funções:
Toxicologia clínica: Que auxilia no tratamento, diagnóstico e prevenção de intoxicações, assim como a definição das dosagens mais seguras dos medicamentos.
Toxicologia de alimentos: Definirá os riscos que podem ser causados por agrotóxicos, conservantes ou outras substâncias nos alimentos.
Toxicologia ambiental: Tratará dos contaminantes ambientais em relação aos organismos que estes afetam (humanos, animais, vegetais).
Toxicologia Social: Estuda o efeito nocivo de drogas que não são usadas para fins terapêuticos. Cuida de assuntos referentes ás “drogas de abuso” e outras substâncias ilícitas presentes na sociedade.
Toxicologia Ocupacional: Estuda das ações e efeitos nocivos de substâncias usadas no ambiente de trabalho sobre o organismo do indivíduo exposto.
Toxicologia forense: Qualquer termo relacionado a qualquer aplicação da toxicologia com a finalidade de elucidar procedimentos legais ou jurídicos.
E, por final, o assunto merecedor de destaque, a toxicologia analítica, que funciona como base das demais áreas da toxicologia definidas acima. Esta área é responsável pela detecção do agente tóxico em fluidos corporais, ambientes, alimentos e locais de trabalho por meio de análises bioquímicas, e é o fator que da o veredito da existência de um agente tóxico em concentrações nocivas ou não nestes objetos de estudo.
Tais aplicações permitem que o profissional farmacêutico seja o responsável pela segurança nestes setores, o que promove à sociedade uma menor exposição a riscos e melhor qualidade de vida.

O farmacêutico tem um diferencial na toxicologia, pois ele é o único profissional que tem na graduação a disciplina de toxicologia. Entretanto algumas profissões também tem a disciplina de toxicologia, mas não é obrigatório; enquanto que o farmacêutico deve ter em sua grade curricular a disciplina de toxicologia. Então a maioria dos outros profissionais tem que buscar essa informação em cursos de pós graduação, enquanto que o farmacêutico já pode se dedicar ao aprofundamento dos conhecimentos toxicológicos desde a graduação.
O farmacêutico passa a ter esse diferencial perante a qualquer outro profissional neste assunto e como é uma tendência maior para se utilizar desse conhecimento toxicológico para ter uma segurança  perante a saúde humana em meio ambiente de uso de produtos químicos; o farmacêutico encontra-se numa grande oportunidade de mercado para atuar de maneira diferenciada à frente de outros profissionais atuando em indústrias ou em organizações governamentais e,  estabelecendo legislações e monitorando qualquer tipo de exposição de produtos químicos. Ele tem, em sua gama de áreas de atuação, 75 campos diferentes, e a maioria destes campos está direta ou indiretamente relacionada com a toxicologia.

O profissional farmacêutico por ter esse diferencial de conhecimento toxicológico, sai à frente de equipes multiprofissionais e pode atuar sendo um gerente de uma equipe para aplicar esse conhecimento nas suas diversas áreas de atuação onde a substância química pode estar causando um efeito adverso. Modernamente, face aos múltiplos produtos diariamente lançados no mercado consumidor, ao desenvolvimento tecnológico e a produção em série, a toxicologia está evoluindo dia-a-dia, acompanhando o rápido progresso mundial. As intoxicações humanas desse século se apresentam tão mórbidas, covardes e traiçoeiras quanto outrora, porém bem mais sofisticadas, sob a forma de bioterrorismo, de guerra química e biológica, e para tanto o farmacêutico é o profissional que tem esse conhecimento toxicológico diferencial e que pode atuar nessas questões atuais.


Bibliografia
Aulas Silvia Oliveira Santos Cazenave, segundo semestre de 2013.

PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/enfermagem/artigos/887/introducao-a-toxicologia-humana#ixzz2mYmtGwI5

domingo, 13 de outubro de 2013

BICO-DE-PAPAGAIO


                                                      BICO-DE-PAPAGAIO
                                                                e sua toxicidade


"Em cinco anos, 50% de tudo o que sabemos hoje será tóxico. A questão é saber qual metade devemos esquecer
Coimbatore Krishnarao Prahalad
Prahalad nos atentou sobre a presença de inúmeros tóxicos existentes nessa vida.Partindo dessa afirmação, nós devemos nos policiar quanto às fontes de intoxicação e tomarmos conhecimento sobre algumas que podem estar mais próximas do que imaginamos.O post de hoje será de um planta ornamental, muito da atraente e que faz alusão, não por menos vistosa, à uma ave: a Bico-de-papagaioEuphorbia pulcherrina.

A seiva leitosa da planta, constituída por um tipo de látex irritante, em contacto com a pele e mucosas provoca inflamações, dor ecomichão, podendo causar também irritação nos olhos, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldades na visão. A sua ingestão pode causar náuseas, vómitos e diarreia. É falso, no entanto, que possa provocar a morte. 

A atribuição de propriedades letais à poinsétia terá tido origem num boato que terá começado nos Estados Unidos com a morte de uma criança de dois anos em 1919, depois de esta ter comido uma folha de poinsétia. Estudos sobre a toxicidade desta planta parecem indicar que só após a ingestão de grandes quantidades (mais de algumas centenas das suas folhas) é que a vida de alguém poderia estar em risco. A razão desta crença pode dever-se ao facto de a maioria das euforbiáceas, família de que a poinsétia* faz parte, serem altamente venenosas.

*Poinsétia (folha-de-sangue) – Contém um suco (látex) muito corrosivo; irrita a pele, as mucosas e os olhos; pode provocar graves lesões digestivas. 






quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Vietnã ainda sofre com químico jogado por EUA há 40 anos

Após os 40 anos de guerra que os vietnamitas enfrentaram, ainda sim a arma química da guerra traz várias vítimas, pois muitas crianças estão nascendo com malformações congênitas, devido à exposição ao agente laranja e seu tempo de duração no organismo.

Criança afetada pelo agente laranja. Foto: reprodução de vídeo


ler noticia e vídeo em:
acesso em 18/09/2013

Efeito Laranja

Um video que explica bem como é produzido os efeitos toxicos do herbicida laranja

Multinacionais são condenadas por agente laranja no Vietnã

A justiça sul-coreana deu razão 39 ex-combatentes que afirmaram ter ficado doentes devido ao agente laranja e ordenou que as multinacionais Monsanto e Dow Chemicals os indenizem.

Ler noticia no link abaixo:
http://noticias.terra.com.br/mundo/asia/multinacionais-sao-condenadas-por-agente-laranja-no-vietna,f1168edd2b7cf310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html

Efeitos Tóxicos do Agente Laranja


Nessa postagem estaremos mostrando sobre os efeitos toxicológicos que o agente laranja traz à saúde e ao meio ambiente.



 O Agente Laranja, também conhecido por ser a mistura de herbicidas chamados 2,4,-D e 2,4,5-T apresenta toxicidade moderada para mamíferos. É bem absorvido pela pele, via digestiva e inalação determinando, agudamente, alterações da glicemia de forma transitória, simulando um quadro clínico de diabetes, além de alterações neuromusculares por neurite periférica. Em termos de efeitos a longo prazo, a preocupação é com as dioxinas (impurezas técnicas presentes nestes produtos), que são substâncias organocloradas persistentes e suspeitas de causarem danos em células germinativas, o que pode causar distúrbios reprodutivos e alguns tipos de câncer como os linfomas.

O mecanismo de toxicidade no organismo animal é desconhecido, mas, estudos evidenciaram extensas lesões musculares. A causa da morte usualmente ocorre por fibrilação ventricular. Ocorre elevação da creatinofosfoquinase no soro, refletindo dano nos músculos estriados (rabdomiólise, mioglobinúria).
Estudos in vivo da mitocôndria hepática demonstraram que os ácidos clorofenólicos são desacopladores da fosforilação oxidativa.

A dose tóxica mínima está em torno de 40-60mg/kg (ou 3-4g), VO. A dose letal é estimada em 15-28g.

Traz como maiores riscos para a saúde ao potencial como perturbador endócrino (alterar a função hormonal), sendo também potencialmente cancerígeno. Os principais efeitos dos perturbadores endócrinos são androgênico ou estrogênico-dependentes. Segundo Ferment (2013)***, “ interferências em rotas biológicas geradas por perturbações endócrinas podem causar danos sérios e irreversíveis à saúde humana durante o desenvolvimento fetal e infantil”. Além da característica potencial de toxicidade à reprodução (teratogênico), existem fortes evidências de ser geneticamente tóxico (genotóxico).


imagem1 - Criança com deformação devido à exposição da progenitora ao agente laranja 


O 2,4-D tem como destaque sua tendência de se espalhar mais amplamente no ar do que a maioria dos herbicidas, despejados por via aérea ou por terra. Isso pode comprometer o ambiente nas vizinhanças de seu uso agrícola. Em ambientes fechados, como interior de casas, pode ficar ativo durante vários meses, via pó doméstico. Esse tipo de exposição diária doméstica, mesmo em pequenas doses, corresponderia a uma intoxicação crônica, que pode iria desencadear efeitos endócrinos prejudiciais.
imagem 2- agente laranja 
No que se refere ao meio ambiente, o 2,4-D compromete a vegetação nativa das proximidades onde é aplicado, sendo tóxico para micro-organismos do solo, minhocas, insetos beneficiários e outros organismos importantes para o equilíbrio ecológico da lavoura, apresentaria efeito teratogênico em aves (malformações em filhotes). Em meio aquático é considerado com ecotoxicidade elevada para os micro-organismos do plancton, bioacumulando em peixes, contaminando a cadeia alimentar como um todo, incluindo o ser humano e animais domésticos (Fermant, 2013). Quanto às águas subterrâneas, este herbicida pode se infiltrar facilmente nos solos, contaminando os aquíferos.
Até hoje, segundo Ferment (2013), nenhum país autorizou o plantio comercial de plantas transgênicas tolerantes ao 2,4-D. A regularização do 2,4-D sofre risco na União Europeia (UE), em especial por causa das suas potencialidades de perturbador endocrinológico. O autor destaca que o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, dos EUA, solicitou o banimento do herbicida .
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classificou para a saúde o 2,4-D como Extremamente Tóxico (Classe I) e Perigoso para o meio ambiente (Classe III).


Fontes:

1) http://ltc.nutes.ufrj.br/toxicologia/mXII.cloro.htm acesso dia 18/09/2013
2) http://pratoslimpos.org.br/ acesso dia 18/09/20133) (***) FERMENT, Gilles. Documento contendo avaliação do risco relativo à saúde do trabalhador rural, ao meio ambiente e às práticas agronômicas das plantas transgênicas tolerantes aos herbicidas a base de 2,4-D no âmbito da Agricultura Familiar. Relatório técnico. Brasília: NEAD-MDA, FAO, 2013, 43 p.

imagem:
1) http://www.antiwar.com/photos/perm/agent-orange1.jpg acesso dia 18/09/2013
2)
http://deathandtaxesmag.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/2011/02/agent-orange1.png

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Agente Laranja

O agente laranja é uma mistura de herbicidas usada pelo Exército americano, durante a Guerra do Vietnã, para desmatar e destruir a folhagem da selva densa, que ajudava a esconder os inimigos. Ela contaminou alimentos e água, deixando pessoas doentes ao longo de três gerações. 




O nome agente laranja tem sua origem nos recipientes nos quais foi armazenado, que tinha uma listra ranja. No total, os Estados Unidos usaram 15 herbicidas no sudeste da Ásia, incluindo agentes laranja, azul, branco, rosa, roxo e verde, sendo que todos eram misturas de vários herbicidas e desfolhante . O agente laranja era uma mistura de dois herbicidas chamados 2,4,-D e 2,4,5-T.


Pôster do Departamento de Assuntos de Veteranos dos Estados Unidos criado para aumentar a consciência sobre os programas da                                                                    VA para os veteranos expostos ao agente laranja.




O herbicida foi criado pelo botanico Dr. Arthur W. Galston unicamente com objetivo de desenvolver uma substancia que fizesse crescer plantas, mas depois que o exército americano começou a usar o herbicida para Galston observou seus efeitos e trabalhou para divulgar os danos que o desfolhante causava às plantas, aos animais, aos ecossistemas e à saúde do homem. Tornou-se um dos principais ativistas contra o uso do agente laranja.




DL 34?

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Somos um grupo de estudantes de farmácia, com o objetivo de informar sobre componentes tóxicos, sua origem, seus riscos à saúde e curiosidades.